Após um
intenso trabalho de diferentes órgãos ligados à agricultura, o Governo Federal
dá um passo importante para consolidar a agroindustrialização em pequena escala
no Brasil. Foi assinada esta semana a Instrução Normativa (IN) que estabelece
as regras de inspeção e fiscalização sanitária referente às instalações,
dependências e equipamentos para as agroindústrias de pequeno porte de leite,
mel e ovos. A partir dessa norma específica, empreendimentos da agricultura
familiar poderão ser incluídos em um mercado maior e formal de produção e,
inclusive, em programas de comercialização institucional como os de Aquisição
de Alimentos, o PAA, e o de Alimentação Escolar, o Pnae.
A
necessidade de mudar a legislação federal surgiu porque a lei não atendia as
necessidades das agroindústrias de pequeno porte da agricultura familiar,
principalmente, porque se baseava em um modelo de produção em larga escala.
Segundo a consultora de Agroindústria da Subsecretaria de Agricultura Familiar
da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead),
Aline Macedo Floriani, o modelo anterior dificultava a formalização dos
pequenos empreendimentos e reforçavam uma lógica excludente e concentradora do
processo.
Houve um intenso trabalho da Sead, da Subsecretaria de
Agricultura Familiar (SAF) e, em especial, da coordenação de diversificação
econômica através da equipe do Programa Agroindústria, na participação de
várias reuniões entre a equipe do então MDA e do Ministério da Agricultura
(Mapa) para a finalização da minuta. A publicação desta norma é de grande
impacto para a agricultura familiar”, ponderou Aline. Para chegar a essa
IN/Mapa n° 5/2017, ainda foram realizadas reuniões com várias instituições
governamentais e privadas e representações dos movimentos sociais.
O
principal objetivo é destravar os gargalos e estimular o desenvolvimento das
agroindústrias de pequeno porte. “Isso significa, também, trazê-las para a
formalidade, com a inclusão no circuito comercial institucional e privado, com
enormes desdobramentos positivos para dinamizar as economias locais, gerando
oportunidades de trabalho e renda aos agricultores familiares e maior produção
de alimentos sustentáveis e saudáveis”, explicou a consultora.
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